Instituto ajuda mulheres com Síndrome de Burnout – inscrições até 8 de março

Instituto ajuda mulheres com Síndrome de Burnout
TERAPIACRÉDITO FREEPIK

Mulheres apresentam 12% a mais de cargas mentais do que os homens, e 73% mais casos de Síndrome de Burnout. A iniciativa é gratuita

Após o sucesso do primeiro encontro, que ocorreu no início de fevereiro, o Ipefem (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas) abre novas inscrições para o Grupo de Apoio Terapêutico para Mulheres com Burnout.

O projeto de educação em saúde mental promove terapia em grupo para ensinar a identificar e interromper violências socioemocionais no trabalho, além de ferramentas para aumentar a percepção de si mesma.

A iniciativa é gratuita e ocorrerá de maneira virtual, com o objetivo de auxiliar mulheres que apresentam sintomas relacionados com a síndrome.

As interessadas deverão cadastrar-se no site para triagem até 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

O que é o Burnout

O burnout é uma doença ocupacional resultante do estresse crônico no trabalho que pode levar à exaustão física e mental, despersonalização e diminuição da realização pessoal.

Segundo um estudo da FEEx (FIA Employee Experience), realizado com 188 mil pessoas de 419 empresas brasileiras, ao comparar gêneros, as mulheres apresentam 12% a mais de cargas mentais do que os homens, e 73% mais casos de burnout.  

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Embora possa afetar qualquer pessoa, existem algumas razões pelas quais as mulheres estão mais suscetíveis a desenvolver esse problema. Entre as principais razões, estão as múltiplas funções e os desafios adicionais em suas vidas pessoais e profissionais.

Síndrome de Burnout e as mulheres

Para a psicanalista e fundadora do Ipefem, Ana Tomazelli, o burnout afeta muito  mais mulheres do que homens por conta de uma combinação de fatores relacionados à desigualdade de gênero.

‘’Já comprovamos, estatisticamente, que um ambiente mais hostil para as mulheres é diretamente proporcional a maiores níveis de Burnout para elas. As brincadeiras com aparência, a falta de apoio em relação à maternidade e as exigências incompatíveis com uma vida pessoal saudável, além de pressões frequentes no que se referem a estereótipos de gênero, são os principais fatores para a desmotivação e o desenvolvimento de doenças’’, pontua a especialista, que atuou como executiva de Recursos Humanos por mais de 20 anos.

Em resumo, é importante que a sociedade trabalhe para mudar esses fatores e ofereça um respaldo emocional e social às mulheres, para ajudá-las a prevenir e superar a síndrome de burnout ou qualquer outra doença que tenha tido início a partir de uma sobrecarga em suas tarefas.

Buscar auxílio em projetos terapêuticos poderá ajudar a lidar com problemas emocionais, mentais e comportamentais.

‘’Estar em um espaço seguro, confidencial e onde possa compartilhar seus medos ou problemas, é o primeiro passo para começar a lidar com emoções difíceis. Isso nos ajuda a desenvolver habilidades de enfrentamento saudável, a fim de melhorarmos nossa qualidade de vida e nosso relacionamento com o próximo e conosco mesmo’’, finaliza.

Serviço:

Apoio terapêutico para mulheres com burnout

Inscrições até o dia 8 de março

Questionário para participação: https://ipefem.questionpro.com/Apoio-Terapeutico-2023

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