Alesp ganha a Frente Parlamentar LGBTQIAPN+

Alesp ganha a Frente Parlamentar LGBTQIAPN+
FRENTE ALESP – CRÉDITO: RODRIGO COSTA

Frente vai propor políticas públicas que abracem a diversidade sexual e de gênero nas áreas da Saúde, Educação, Esporte, Trabalho e Emprego

Parlamento estadual com mais deputados assumidamente LGBTQIAPN+ no Brasil, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo passa a contar com uma Frente Parlamentar em defesa desta comunidade. O grupo coordenado pelo deputado Guilherme Cortez (PSOL) teve seu lançamento oficial no último dia 29 de junho, durante evento que contou com a participação de ativistas, grupos organizados e diversos parlamentares simpáticos à causa.

“Mais do que falar sobre as nossas dores, essa Frente Parlamentar vai tratar sobre os avanços que a gente ainda precisa ter. Não queremos mais aceitar que o Estado de São Paulo e o Brasil não estejam abertos para a população LGBT. Esse é um momento muito importante para a gente somar forças entre os deputados, mas, acima de tudo, com os movimentos da comunidade que, tantas vezes, não se sentem acolhidos dentro dessa Casa. Não tem mais ‘volta para o armário’. O movimento LGBT não vai tolerar mais nenhum retrocesso. Não vamos mais aceitar um Estado ou uma Assembleia que não seja para nós também”, afirma Cortez.

FRENTE ALESP – CRÉDITO: RODRIGO COSTA

Frente Parlamentar LGBTQIAPN+: “Armário nunca mais”

Pouco antes do início do evento, a deputada Paula da Bancada Feminista (PSOL) protocolou na Casa o Projeto de Lei 1.054/2023, que institui a Política Estadual de Proteção à População LGBTQIAP+ do Estado de São Paulo, intitulado “Armário Nunca Mais”. O objetivo é criar mecanismos para coibir e prevenir de fato a violência contra a comunidade. Para isso, os integrantes da Frente Parlamentar pretendem atuar na criação de políticas públicas que abracem a diversidade sexual e de gênero nas áreas da Saúde, Educação, Esporte, Trabalho e Emprego.

Leia também – LGBTQIA+: por um Brasil de Todas as Cores

“O objetivo da nossa Frente é somar esforços para que possamos desenvolver e aprovar leis e políticas públicas para equilibrar essas desigualdades e corrigir as vulnerabilidades em todos os âmbitos. Trabalhamos por uma escola inclusiva, que ensine as próximas gerações a respeitarem a diversidade humana. Lutamos por uma Saúde integral para a comunidade LGBT e ainda precisamos ter políticas públicas de empregabilidade no mercado formal. É muito trabalho que temos que fazer porque, infelizmente, ainda em 2023, temos muito o que avançar para alcançarmos um Estado que, de fato, respeite todas as pessoas”, comenta Cortez.

Voz

Marcando presença no encontro, Carolina Iara, codeputada intersexual do PSOL, reforça a necessidade de manter viva a luta por espaço e voz no Parlamento Paulista. “Antes nós não estávamos em espaços como a Alesp. Agora, estamos. É algo a ser celebrado. Mas, como minha avó dizia, não podemos sentar no sucesso. É uma luta permanente para fazer com que as políticas que estamos propondo também andem na Casa.”

Leia também – Orgulho LGBTQIA+: “Resistência é a maior de todas as nossas qualidades”

Ainda de acordo com Carolina, é importante que a Assembleia se debruce nas políticas públicas necessárias para essa população. “Não podemos mais ignorar as demandas dessa parcela da sociedade. Precisamos de políticas integrais de assistência, proteção, empregabilidade e todos os direitos sociais garantidos. Esse debate precisa acontecer na Casa para que as conquistas sejam ampliadas. Trabalhando por essa comunidade, nós também atuamos por toda a sociedade, porque essas pessoas têm famílias e estão integradas em outros grupos. Então, cada avanço LGBT impacta outros segmentos sociais”, aponta.

FONTE: ALESP
Tagged: