ACNUR e Museu da Imigração lançam vídeo 360º sobre acolhida de mãe venezuelana

Cena do filme "A Acolhida de Glenda" : uma mulher de cabelos longos e escuros ajuda uma criança a escrever num caderno sob um colchão
Glenda ajuda a um de seus filhos a fazer a lição da escola dentro da casa emergencial do ACNUR, em Boa Vista (RR). Foto: ACNUR/Divulgação

“A Acolhida de Glenda” acompanha o caminho percorrido no Brasil pela refugiada e seus dois filhos

A jornada de quem deixa o país de origem em busca de proteção internacional em outro país, tornando-se refugiada, muitas vezes é de difícil visualização por quem está distante dessa realidade. Na pequena cidade de Pacaraima e na capital do Roraima, Boa Vista, a chegada de pessoas venezuelanas nessa condição tem se tornado parte do cotidiano desde o ano de 2017, quando a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) iniciou suas ações humanitárias no Estado.

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A instalação do escritório contribuiu para a estruturação da chamada “Operação Acolhida”, uma grande força-tarefa humanitária executada e coordenada pelo Governo Federal em 2018, com o apoio do ACNUR, de outras agências da ONU e de mais de 100 entidades da sociedade civil organizada.

A venezuelana Glenda Aguilera e seus dois filhos receberam os serviços prestados pela Operação para a sua estadia digna nos abrigos, registro, alimentação, atendimentos de saúde, capacitação profissional e partida para um novo destino, chamada de interiorização voluntária de pessoas venezuelanas, que já movimentou cerca de 83 mil pessoas para mais de 870 cidades brasileiras, segundo dados de agosto de 2022.

Para mostrar a história desta venezuelana o ACNUR, em parceria com o Museu da Imigração, lança nesta quarta-feira dia 21, às 15h, o vídeo de realidade virtual “A Acolhida de Glenda”, que apresenta em seus quase cinco minutos de duração a perspectiva deste processo de acolhimento e integração à nova sociedade, sendo um retrato fidedigno da vida de quem se encontra vivendo nos abrigos de Boa Vista em busca de oportunidades de reinserção no mercado de trabalho e da autossuficiência tão almejada pela população refugiada.

Reflexão sobre movimentos migratórios

No Museu, o visitante pode fazer uma “viagem imersiva” até Boa Vista para conhecer de muito perto a resposta humanitária brasileira.

“Acompanhar o cotidiano das pessoas refugiadas por meio de uma produção audiovisual em realidade virtual é uma forma de aproximar as pessoas sobre esta realidade, agregando uma visão ampla do contexto operacional da resposta humanitária e, ao mesmo tempo, um olhar específico de como esse contexto impacta a vida das pessoas no seu dia a dia. Um pouco da dimensão dos trabalhos do ACNUR está retratado no vídeo e contribui para o entendimento do que representa fazer parte da força-tarefa da Operação Acolhida”, afirma Oscar Sánchez Piñeiro, representante do ACNUR.

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“Faz parte da função social do Museu da Imigração abordar o contexto histórico dos fluxos migratórios, especialmente dos séculos 19 e 20, mas sem deixar de lado os processos contemporâneos que envolvem diretamente o Brasil. É nossa missão institucional disponibilizar ações que incentivam a reflexão sobre a questão desses movimentos migratórios, deslocamentos forçados e direitos humanos.

Essa nova ação com o ACNUR, e a história que permeia ‘A Acolhida de Glenda’, é mais uma forma de aproximar o público da real situação vivida por tantas pessoas que, por diversos motivos, encontraram refúgio e acolhida em nosso país”, comenta a diretora-executiva do MI, Alessandra Almeida.

SERVIÇO: Lançamento do Vídeo 360º “A Acolhida de Glenda”

Dia 21/9, às 15h

Museu da Imigração – Rua Visconde de Parnaíba, 1316 – Mooca

Visitação: de 21 de setembro a 1º de outubro – de terça a sábado, das 9h às 18h, e aos domingos das 10h às 18h

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