Firminas para ler: escritoras mulheres que fortalecem mulheres

Portal Firminas traz os recentes lançamentos de publicações escritas por mulheres e que fortalecem mulheres, confira abaixo!

Firminas para ler: livros escritos para mulheres

1 – Vozes da diversidade: poesias que quebram barreiras

Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, México, República Dominicana e Venezuela. É por meio do Slam, torneio de poesia falada, que as vozes de mulheres, travestis, homens trans e não binaries da América Latina ecoam no livro “A Língua Quando Poema | La Lengua Cuando Poema”, publicado pela Editora Baderna Literária em edição bilíngue, em português e espanhol.

Organizada por Carolina Peixoto e Pam Araujo, poetas, produtoras culturais e idealizadoras da Slam Mina SP – uma das principais coletivas de poesia com recorte de gênero do Brasil – a obra reúne poesias inéditas escritas por 28 slammers de países latino-americanos e de diversas regiões do Brasil. O livro conta com diversidade lírica e pluralidade poética ao abordar sobre a vida à margem da sociedade, feminismo, violência contra a mulher, pobreza, identidade de gênero e desigualdade.

Sobre as organizadoras: Carolina Peixoto é formada em pedagogia e há 10 anos dedica o seu talento à literatura, poesia e à produção cultural. É organizadora da coletiva Slam das Minas SP, primeiro Slam com recorte de gênero da cidade de SP, e idealizadora do coletivo Poetas Ambulantes, que declama e distribui poesia nos transportes públicos de São Paulo. Em 2021 foi responsável pela I Jornada Latines Slam das Minas, que reuniu artistas de 9 países da América Latina. É autora de dois livros infantis e um livreto de poemas.

Pam Araujo é escritora, educadora e produtora cultura, com livros e dois fanzines publicados. É idealizadora da Slam das Minas SP, coidealizadora de concursos literários no Brasil e também foi responsável pela criação de projetos de incentivo à cultura para mulheres, crianças e pessoas em situação de rua. É a autora das ilustrações das poetas, no miolo do livro.

Ficha técnica:

“A Língua Quando Poema | La Lengua Cuando Poema”

Carolina Peixoto e Pam Araújo (organizadoras)

Editora Baderna 

210 páginas

2 – EQUILÍBRIO PARA ALCANÇAR O PRAZER A DOIS

Embora o sexo seja algo instintivo na vida do ser humano, em algum momento da história ele se tornou um complicador dentro das relações amorosas. Quem descortina as razões e as formas de contorná-las é a sexóloga Gabriela Dias no livro “Homem Micro-ondas, Mulher Fogão à Lenha”. Para começar, o leitor é convidado a responder ao “libidômetro”: trata-se de um teste que mede o “QI sexual” do público antes e depois das reflexões, dicas e experimentos propostos no lançamento da Editora Hábito.

Com trechos direcionados para homens e mulheres, Gabriela detalha os fatores que contribuem para a manutenção do desejo ao longo da vida, os motivos que causam a queda e como evitar. A partir da concepção de que sexualidade e autoestima são conceitos intimamente ligados, Gabriela destaca o poder do autoconhecimento, do diálogo entre os casais e reflete sobre o ato revolucionário que é se amar antes de qualquer coisa. A obra é leitura para casais que buscam melhorar a vida sexual e se permitir a ter momentos mais prazerosos a dois.

Sobre a autora: Gabriela Dias é palestrante há mais de 20 anos, enfermeira pós-graduada em Obstetrícia pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão (Curitiba/PR) e em Sexologia pela Universidade Cândido Mendes (Rio de Janeiro/RJ). É também consultora materna e de casais.

Ficha Técnica:

“Homem Micro-ondas, Mulher Fogão à Lenha” 

Gabriela Dias

Editora Hábito

274 páginas

3 – POR MAIS MULHERES NA POLÍTICA BRASILEIRA

Organizada pela cientista política Juliana Fratini, a obra “Princesas de Maquiavel” reúne artigos de 26 lideranças políticas, civis e empresariais que levantam discussões relevantes sobre a participação das mulheres na vida pública. Lançada pela Matrix Editora, a coletânea conta com textos assinados por figuras como Joice Hasselmann (PSL), Gleisi Hoffmann (PT), Luiza Helena Trajano (Mulheres pelo Brasil), além de coletivos feministas. 

Na obra, as autoras apontam as saídas para lidar com o problema da discriminação contra as mulheres na política e como melhorar a representatividade feminina nos âmbitos Legislativo e Executivo. O título faz referência ao clássico “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, em que o autor produz uma espécie de cartilha com indicações de como se deve governar para continuar no poder. Porém, de acordo com a cientista política o pensador não discute a condição feminina e a dinâmica do poder em relação às mulheres de forma aprofundada.

Sobre a organizadora: Juliana Frattini é cientista política pela Fundação Escola de Sociologia e Política, mestre e doutoranda pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, especialista em Globalização e Cultura pela FESP (Fundação Escola de Sociologia e Política) de São Paulo e Finanças e Políticas Públicas pela Universidade de Chicago. Atuou em mais 30 campanhas eleitorais para o Senado, governos de Estado, prefeituras e Defensoria Pública, além da comunicação institucional do Governo Federal. É também organizadora da obra “Campanhas Políticas nas Redes Socias: Como Fazer Comunicação Digital com Eficiência”.

Ficha técnica:

“Princesas de Maquiavel: Por Mais Mulheres na Política”

Juliana Fratini (organizadora)

Matrix Editora

208 páginas

4 – A descoberta da sexualidade e os dilemas da adolescência

Depressão, preconceito, sexualidade e conflitos familiares são alguns dos temas que a publicitária Julia Rietjens trata no romance “Meu gato Me Odeia”. A personagem principal, Sâmia, é uma adolescente que está descobrindo a si e ao mundo, mas as coisas ficam mais complicadas quando entende a própria sexualidade: ela é lésbica.

Com um coração balançado por uma nova amiga e dilemas da adolescência, a autora paulista representa Sâmia como a força que todos podem encontrar dentro de si e um lembrete sobre a importância de ter apoio, mesmo que seja de um bicho de estimação intempestivo chamado Tirano. Inspirado em romances LGBTQIAP+, Julia desenha a descoberta sexual da protagonista com obstáculos como o fato de ter uma mãe religiosa, o que torna o processo da autoaceitação mais difícil.

Sobre a autora: Julia Rietjens começou a se aventurar no universo da escrita aos 12 anos. Desde então, passa boa parte do seu tempo criando histórias incríveis na sua cabeça. É também autora da obra “Se Eu Fosse um Clichê”.

Ficha técnica:

“Meu Gato Me Odeia”

Julia Rietjens

276 páginas

5 – Reflexões em forma de versos para cada dia do ano

Ideal para ler em uma volta completa ao redor do sol, “Palavras Que Dançam ao Redor do Sol”, da poeta Juliana Valentim, é um convite para os leitores se aconchegarem em suas linhas cheias de emoção. São 365 poemas que valem para qualquer dia do ano e foram cuidadosamente pensados, escritos e selecionados pela jornalista e professora de Poesia Contemporânea.

A escolha dos textos para a coletânea foi realizada a partir das postagens mais curtidas e engajadas no seu Instagram @palavrasquedancam, que tem 54 mil seguidores. Juliana tem o dom de colocar os sentimentos em forma de palavras. Para ela, em tudo há um poema escondido. A obra traz versos autorais que fazem o leitor não apenas relaxar, mas refletir sobre coragem, amor, dor, intolerância, feminino, solidão, relacionamentos e memórias. Sobre as coisas da vida.

Sobre a autora: Jornalista e escritora, Juliana Valentim é cronista, poeta, romancista, e professora e especialista em Comunicação Criativa. É autora também de “O Abrigo de Kulê”, “Manuscritos de Um Viajante” e “Palavras que Dançam”.

Ficha técnica:

“Palavras Que Dançam ao Redor do Sol”

Juliana Valentim

Editora Respaldo Escritor

294 páginas

6 – A luta pela igualdade e contra a submissão social

O machismo ainda impera em inúmeras camadas sociais, e diversas mulheres lutam contra a submissão em múltiplos níveis. Por conta desse cenário, a francesa especialista em liderança feminina, Gisèle Szczyglak, escreveu “Subversivas: A Retomada do Poder Pelas Mulheres Para Reconquistar Seu Lugar de Direito na Civilização”, lançamento da Editora Cultrix.

O livro nasceu de uma série de demandas do trabalho de Gisèle, especialmente dos cursos que ela ministrou no Brasil para executivas de cargos públicos, que questionavam, como tantas outras mulheres ao redor do mundo, como superar a eterna barreira da justificação e de sua humanidade às suas competências. Ela defende a subversão social e política como arma para modificar de vez essa realidade. Sua tese central é de que, ao compreender as regras e os papéis impostos pela sociedade-cultura vigentes, as mulheres poderão redirecioná-los em benefício próprio.

Sobre a autora: Gisèle Szczyglak é Ph.D. em Filosofia Política (Universidade de Toulouse II), com pós-doutorado em Sociologia Política e Ética Aplicada (Canadá, Montreal). Atua em redes profissionais de mulheres e participa regularmente de conferências internacionais dedicadas ao desenvolvimento profissional de mulheres e seu impacto na esfera econômica. É presidente e fundadora da WLC Partners e presidente e cofundadora da associação Open Mentoring Network.

Ficha técnica:

“Subversivas: A Retomada do Poder Pelas Mulheres Para Reconquistar Seu Lugar de Direito na Civilização”

Gisèle Szczyglak

Editora Cultrix

248 páginas

7 – Viagem para dentro de si mesmo

Para a treinadora comportamental Dayana Souza, autora do livro “Vamos fugir”, viajar é mais do que algo que se faz nas férias e feriados. É um refúgio, uma experiência na qual é possível se despir da sua armadura e ser quem é. Viajar é encontrar com seu Eu mais profundo, passar pelas suas sombras e chegar à sua luz, no centro do seu Ser.

No livro, ela propõe seguir viagem em busca de uma vida com mais significado, dividindo com o leitor muitas histórias e lições que podem servir de inspiração e ajudar quem estiver passando por algo semelhante. Em 2012, Dayana deixou uma bem-sucedida carreira militar, onde serviu por 10 anos como oficial da Aeronáutica, tendo integrado a primeira turma de mulheres aviadoras da Força Aérea Brasileira porque não estava feliz profissionalmente. Na tentativa de se reencontrar começou a viajar pelo mundo, mas foi quando embarcou na viagem mais importante da sua vida, a viagem para dentro de si mesma, que encontrou o que tanto buscava.

Sobre a autora: Dayana Souza é treinadora de inteligência emocional e também autora dos livros “A Mudança é Você” e “Mulheres Extraordinárias”. Ama natureza, esportes e novas aventuras pelo mundo. Criadora do blog “Seguindo Viagem”, já viajou para mais de 40 países e compartilha as lições aprendidas em seus cursos e treinamentos.

Ficha técnica:

Vamos fugir

Dayana Souza

Editora Literare Books International

192 páginas

8 – História para empoderar mulheres trans do Brasil

Uma história de vida para inspirar pessoas de todos os gêneros, cores, classes e idade. Na autobiografia “Sou Danielle: Como Me Tornei a Primeira Executiva Trans do País”, a executiva Danielle Torres, eleita uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina, revela detalhes da sua trajetória, passando pelas situações de violência, preconceito, machismo e discriminação, além dos anos de terapia e seu desenvolvimento profissional.

Ela afirmou-se como Danielle quando já ocupava um cargo de diretoria na empresa em que trabalha. Até então, era o “Torres”. Não apenas recebeu apoio institucional para as mudanças, como também foi convidada, mais tarde, a fazer parte do quadro societário em uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo. Com a carreira consolidada no Brasil e nos Estados Unidos, ela é referência para profissionais trans que buscam espaço e afirmação no mercado de trabalho. Esta autobiografia abre um diálogo importante sobre o fato de apenas 4% da população trans estar empregada no mercado formal brasileiro.

Sobre a autora: Danielle Torres é sócia de uma das maiores empresas do mundo de auditoria e consultoria. É formada em Ciências Contábeis e Administração, pós-graduada em Gestão de Negócios, Filosofia e Direitos Humanos, Tecnologia e Influência Digital, faz mestrado no Georgia Institute of Technology, é maquiadora profissional, colunista de revista feminina e palestrante.

Ficha Técnica

“Sou Danielle: Como Me Tornei a Primeira Executiva Trans do País”

Danielle Torres

Editora Planeta

192 páginas

9 – Coletânea de contos apresenta vivências negras, LGBTQIA+ e femininas

O encontro de 25 talentos incógnitos fluminenses e a produção das histórias focadas em vivências negras, LGBTQIA+ e femininas apresentadas no livro “Rio de Contos” são resultados do prêmio literário de mesmo nome que apresenta o estado do Rio de Janeiro pela ótica da diversidade. A obra apresenta histórias de escritores de todo o Estado e funciona como instrumento de amplificação das vozes fluminenses que nem sempre encontram espaços acolhedores e tolerantes para expressão.

Idealizado e dirigido pela escritora e produtora cultural Bárbara Cortese Caldas, o Prêmio Rio de Contos oferece um processo de amadurecimento das histórias submetidas para avaliação. Formações de escrita criativa, literatura, entre outras, são realizadas gratuitamente para os selecionados, além de mentorias individuais.

Sobre a organizadora: Bárbara Cortese Caldas é escritora, autora dos livros “O apartamento de baixo”, “Seu Zé” e “Carta à Cláudia”. Idealizadora e realizadora do Prêmio Rio de Contos pela sua empresa, a Mater Produções. Trabalha há 17 anos com projetos de formação de leitores e, desde 2020, também com formação de escritores.

Ficha técnica:

“Rio de Contos”

Bárbara Cortese Caldas (organizadora)

Editora Mater

208 páginas

10 – Mulheres que amam demais e relacionamentos doentes

Livro-reportagem de Fernanda Braite, “Amadas” acompanha a jornada de três gerações de mulheres de uma mesma família, cujos destinos estão enredados em relacionamentos doentes; uma teia que parece ter sido estruturada antes mesmo de elas terem nascido e que prende não apenas as protagonistas do livro, mas todos à volta delas. O livro traz um olhar empático, acolhedor e atento, costurando uma narrativa inspiradora; nos depoimentos, a descoberta de que, ao lidar com as próprias dependências, as mulheres começam a percorrer o verdadeiro caminho para a liberdade: que é ser amada por si mesma, como aponta o sugestivo título do livro.

Em parceria com a autora, a Primavera Editorial está destinando parte da renda obtida com a venda do livro em prol do grupo Mulheres que Amam Demais Anônimas.

Sobre a autora: Fernanda Braite é escritora, jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Literatura e Crítica Literária pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Já participou de antologias como “A Máscara de Prata”, “A Cadeira de Balanço” e “O Melhor do Terror Nacional”, tendo este último lhe rendido menção honrosa do prêmio Aberst pelo conto “Marina”. Atua como repórter freelancer e professora de Literatura.

Ficha técnica:

“Amadas”

Fernanda Braite

Primavera Editorial

284 páginas