Firminas para ler: publicações que fortalecem mulheres

Firminas para ler: publicações que fortalecem mulheres

Portal Firminas traz os recentes lançamentos de livros escritos por mulheres e que fortalecem mulheres, confira abaixo!

1 – A verdade sobre o desejo e as formas de explorar a vida sexual

A incompatibilidade entre as ideias sobre sexo difundidas pela sociedade e o que a ciência diz sobre a temática apresenta uma desconexão que é a raiz de muitos dos problemas sexuais, especialmente os femininos. Para endereçar o desafio de disseminar os conhecimentos corretos, a psicossexóloga britânica Karen Gurney

se dedicou a derrubar tabus na obra “Se toca: descubra a verdade sobre o desejo e saiba como melhorar sua vida sexual”.

O livro traz exercícios práticos e dicas direcionados sobretudo para pessoas que querem entender melhor a mecânica do desejo e têm interesse em melhorar a vida sexual por meio da informação. “Se toca” aborda, em nove capítulos, questões como os equívocos comuns sobre o sexo; estatísticas sobre sexo e desejo; as lacunas sobre a temática em nossa base de conhecimento; o triângulo de condições para se fazer um bom sexo; a verdade sobre sexo e desejo; percepções sociais sobre a temática, entre outros recortes.

Sobre a autora: Karen Gurney é psicóloga clínica e psicossexologista, e especialista em terapia que abarca todos os aspectos do bem-estar e da função sexual, e atende como terapeuta psicossexual-líder. É embaixadora da www.thepornconversation.org, iniciativa sem fins lucrativos para ajudar pais e responsáveis a conversarem com jovens sobre o uso de pornografia.

Ficha técnica:

“Se toca: descubra a verdade sobre o desejo e saiba como melhorar sua vida sexual”

Karen Gurney

Primavera Editorial – 280 páginas

2 – Sete reivindicações de uma criança negra

Racismo e falta de representatividade são os principais assuntos abordados na história contada em “Preta de greve e as sete reivindicações”, obra escrita pela professora aposentada Zenilda Vilarins Cardozo. Com muitas rimas, inspirado na literatura de cordel e ilustrações de Tone Ribeiro, o livro envolve e emociona os leitores que acompanham a jornada da protagonista Pérola Preta, que busca voz e vez na sociedade.

A partir do tripé Informação, Resistência e Reivindicação, Pérola Preta, após vivenciar situações de racismo na escola, nota que essa prática se estende para outros lugares e inicia uma luta pela sua afirmação. Inicialmente ela recorre ao espelho, um presente que recebeu da tia assim que nasceu, pois o objeto tem o poder de confortá-la. Ao não ter suas dúvidas sanadas, Pérola resolve buscar respostas, recebe ajuda da professora e une forças para aliviar suas angústias.

Sobre a autora: Zenilda Vilarins Cardozo nasceu em 1969 na cidade do Gama, no Distrito Federal. Cresceu em uma família de 12 irmãos e com pais que sempre valorizaram a educação e plantaram nos filhos o amor pelos livros e pela arte. Formou-se professora em 1987. Ao longo da carreira cursou Pedagogia e fez especialização em Gestão e Supervisão Escolar. Atualmente trabalha com escrita e visita escolas para falar de literatura.

Ficha técnica:

“Preta de greve e as sete reivindicações”

Autor: Zenilda Vilarins Cardozo

Editora Fontenele Publicações – 23 páginas

3 – Vivências e reflexões a respeito de identidade e protagonismo negro

O primeiro livro da jornalista Luiza Brasil, “Caixa Preta”, apresenta com uma escrita fluida, afetuosa e divertida, não apenas sua experiência na área da moda, sua especialidade, mas suas vivências e reflexões a respeito de identidade e protagonismo negro, igualdade de gênero, bem-estar, autoestima, relacionamento, empreendedorismo, mundo real × mundo digital, entre outros temas relevantes e atuais, que se tornam marcadores do nosso tempo. 

Para Luiza, mais do que impressões acerca de comportamentos de determinada época ou opiniões do que vestir ou não, a moda é mecanismo para se conectar com sua ancestralidade e inspirar sua criatividade. Também por meio da moda descobriu como sua imagem e seu intelecto podem constituir poderosas ferramentas políticas. Não por acaso, é hoje uma das grandes vozes do ativismo racial e do feminismo negro de sua geração tanto on como off-line. E o livro visa provocar e impulsionar pessoas a buscarem o protagonismo em sua vida. 

Sobre a autora: Luiza Brasil é jornalista, pesquisadora de moda e cultura, além de uma das pioneiras da comunicação digital contemporânea. É fundadora do Mequetrefismos, multiplataforma que incentiva pessoas e negócios voltados ao protagonismo negro, e CEO da MequeLab, empresa de comunicação que repensa as narrativas retratadas pela indústria da moda e pelo mercado de criação de conteúdo. É colunista das revistas “Glamour” e “ForbesLife Brasil” e influencer. Recebeu premiações importantes como o Influenciadores Sociais Contra o Racismo (Influencers Against Racism), da prefeitura do Rio de Janeiro, em 2018, e o MTV EMA Generation Change, em 2020. 

Ficha técnica:

“Caixa Preta”

Luiza Brasil

Editora Globo Livros – 232 páginas

4 – Aos 70 anos, há muito ainda a se viver para uma mulher!

Imagine uma mulher aos 70 anos que rompe com os preconceitos ao falar de sexualidade com leveza. É o que faz Betth Ripolli, que no final do passado lançou “Sete Ponto Zero – Inspiração em movimento, a verdade desnudada”, quando completou uma data significativa para a mulher.

Com participações especiais, as orelhas da obra são assinadas por Luiza Helena Trajano e Eduardo Shinyashiki, além de ter o prefácio de Isabel Franco e introdução de Ivone Zeger. O livro comenta, entre outros assuntos, como a sexualidade madura pode representar uma bela fase da mulher pós menopausa. Sua experiência pessoal de dois longos casamentos a habilitam a considerar que há muito a se viver depois dos 60 anos, desmistificando o sexo na idade madura.

Sobre a autora: Betth Ripolli é pianista, compositora, palestrante motivacional, apresentadora do programa “Sintonia” na AllTV, escritora, ghostwriter, facilitadora de alinhamento emocional e reprogramação mental. Empresária há 30 anos na Harmonia Eventos Musicais, conta com cerca de 4 mil eventos musicais realizados e mais de 12 mil apresentações nas salas de embarque da TAM.

Ficha técnica:

“Sete Ponto Zero – Inspiração em movimento, a verdade desnudada”

Betth Ripolli

Editora Scortecci – 176 páginas

5 – Rapadura é doce, mas é dura: as muitas faces do empreendedorismo feminino

Qual é o motor da sua existência? Quais são os momentos, os valores, as pessoas que te encorajam a continuar? Por quem você luta mesmo quando o mundo parece conspirar contra suas investidas? Você consegue colher os aprendizados de suas falhas tanto quanto os louros de seus sucessos? É com uma perspectiva de gratidão que Mazé Lima convida o leitor a mergulhar em “Agridoce – O sabor de empreender com as próprias mãos”, obra que reúne sua história de muita garra e aprendizados.

Em 1998, a autora enfrentou grandes obstáculos com a perda do emprego como faxineira e uma angustiada volta para a cidade natal, com dois filhos para criar e nenhum centavo no bolso. Hoje, a empresa Mazé Doces gera oportunidade de trabalho para muitas pessoas, vende em todo o país e fatura milhões de reais por ano. Cada capítulo parte de um ditado popular, perpassa a experiência da autora e se constrói como espelho para o leitor, já que a singularidade desta história reside principalmente em sua dose de realidade. Este é um livro inspirador, construído em cima de lições que demonstram a força irrefreável de querer ser e viver.

Sobre a autora: Mazé Lima é empresária e fundadora da sua empresa, Mazé Doce, em 1999, em Carmópolis de Minas. O zelo na produção dos doces, o investimento em técnica, gestão e inovação do negócio, resumem a índole desta mulher que se ergueu em meio às adversidades, em busca de oportunidades e de uma vida melhor para si e para sua família.

Ficha técnica:

“Agridoce – O sabor de empreender com as próprias mãos”

Mazé Lima

Almedina Brasil, Selo Actual – 182 páginas

6 – 90 perguntas para fazer aos filhos enquanto crescem

Brincar, correr, gargalhar, chorar, falar… A infância pode até ser considerada um período importante de expressão, mas como interagir e se conectar com o íntimo dos pequenos, ao ponto ajudá-los a decifrar inquietações, superar angústias ou apoiar metas e sonhos? A médica neuropediatra, escritora e influenciadora Luciane Baratelli, afirma que esta é uma dificuldade comum dos pais que recorrem ao consultório.

O que poucas famílias sabem é que ações simples no dia a dia podem dar conta dessa aproximação. No livro “Antes que você cresça – 90 perguntas para fazer ao seu filho enquanto ele cresce”, a médica propõe uma prática simples e eficaz: perguntar. A obra dá espaço para que as crianças opinem e abram o coração ao responderem por escrito – ou os pais, quando ainda não alfabetizadas – e sem pressa a 90 perguntas, como “o que você quer ser quando crescer?”, “qual foi o dia mais triste da sua vida?” ou “qual parte da escola você mais gosta?”.

“Antes que você cresça” é uma oportunidade de ficar a par das percepções e sentimentos das crianças sobre escola, família e amigos. Além disso, a obra é uma forma de eternizar as memórias da infância.

Sobre a autora: Natural de Niterói (RJ), Luciane Baratelli é médica neuropediatra, formada pela Universidade Federal Fluminense, e pós-graduada em Medicina do Sono da Infância e Adolescência pelo Instituto do Sono. É criadora dos canais Neuro Sem Neura, presentes no Instagram e Facebook, além de ter um podcast de mesmo nome.

Ficha técnica:

“Antes que você cresça – 90 perguntas para fazer ao seu filho enquanto ele cresce”

Luciane Baratelli

Editora Um Livro – 120 páginas

7 – 108 mulheres se reúnem em livro para falar de empoderamento

“As donas da p**** toda – Celebration”, é o terceiro volume comemorativo série, que veio para celebrar todas as conquistas das coautoras e do projeto de sucesso “As donas da p**** toda”, volumes um, dois e, agora, o Celebration, que já entra para a história como o livro com maior quantidade de escritoras no Brasil, recorde oficializado pelo RankBrasil.

Nesta edição é celebrada cada conquista de mulheres que não têm medo de se expressar e também de ajudar outras mulheres a caminharem de cabeça erguida. Com coordenação editorial de Juliana Serafim, o volume conta com 108 coautoras em 107 capítulos, que compartilham histórias, transformações e lições. Este é o manual da mulher e nele serão encontrados cases sobre autoestima, maternidade, família, negócios, sexualidade, fé e espiritualidade, entre outros assuntos. A cada capítulo, o leitor conhecerá mulheres que quebraram suas crenças e seus medos para poderem vir nesta obra e compartilhar suas histórias como se fosse um grito de liberdade.

Sobre a coordenadora editorial: Juliana Serafim é fundadora e CEO da Butiá Digital, infoprodutora do Clube Butiá Digital e ButiáVerso Metaverso para Negócios. Atua como mentora e consultora de marketing digital e possui mais de 20 anos de experiência na área de marketing. Desde 2018, escreve livros sobre temas como administração, marketing, publicidade, empoderamento feminino e metaverso.

Fica técnica:

“As donas da p**** toda – Celebration”

Juliana Serafim – coordenadora editorial

Editora Literare Books International – 872 páginas

8 – Pesquisadoras evidenciam o apagamento feminino na produção cultural brasileira

Coordenado e escrito por advogadas, procuradoras da justiça, jornalistas e professoras, o livro “Mulheres, Direito e Protagonismo Cultural” oferece subsídios para a proteção e promoção dos direitos culturais sob a perspectiva de gênero. O título fomenta uma discussão jurídica mais aberta e sensível à equidade entre homens e mulheres na efetividade dos direitos e liberdades culturais e na proteção do patrimônio cultural material e imaterial brasileiro.

A obra coletiva é coordenada pela mestre em Direito Constitucional e presidente do Instituto Brasileiro de Direitos Culturais, Cecília Nunes Rabelo; pela procuradora do Estado de São Paulo, Flávia Piovesan; pela bacharela em Direito Vivian Barbour; e pela juíza de Enlace para a Convenção de Haia de 1980, Inês Virgínia Soares, e reúne textos de 48 especialistas.

As pesquisas e dados resgatados pelas autoras invocam a importância de valorizar o protagonismo feminino, compreendendo os desafios e as perspectivas no âmbito jurídico. Dividido em quatro partes, o livro adota como ponto de partida a reflexão sobre as estruturas protetivas dos direitos e saberes culturais das mulheres, com destaque à contribuição delas para uma cultura jurídica feminista.

Sobre as coordenadoras:

Cecília Nunes Rabelo é advogada e mestre em Direito Constitucional. É especialista em Gestão e Políticas Culturais pela Universidade de Girona (Espanha) e Instituto Itaú Cultural. Integra o Grupo de Estudos e Pesquisas em Direitos Culturais da Universidade de Fortaleza (CNPq/Unifor) e é presidente do Instituto Brasileiro de Direitos Culturais (IBDCult).

Flávia Piovesan é professora doutora em Direito Constitucional e Direitos Humanos, professora de Direitos Humanos do Programa de Pós Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e é procuradora do Estado de São Paulo.

Inês Virgínia Soares é mestra e doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e colíder do Grupo de Pesquisa Arqueologia da Resistência da UFPel/CNPq. É desembargadora federal no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) e juíza de Enlace para a Convenção de Haia de 1980 na 3ª Região.

Vivian Barbour é bacharela em Direito e mestra em Arquitetura e Urbanismo, ambos pela Universidade de São Paulo. Fez graduação sanduíche em Estudos Urbanos na Universidad Autónoma de Madrid (2010). Membro da Comissão de Direito Urbanístico da OAB/SP e da Association of Critical Heritage Studies (ACHS).

Ficha técnica:

“Mulheres, Direito e Protagonismo Cultural”

Cecília Nunes Rabelo, Flávia Piovesan, Inês Virgínia Soares e Vivian Barbour (coordenadoras)

Editora Almedina Brasil – 670 páginas

9 – Ficção abarca memórias de quem viu o Brasil ir à Segunda Guerra Mundial

Eclode a Segunda Guerra Mundial, e quando um submarino alemão afunda navios brasileiros, Getúlio Vargas envia soldados para lutar contra os nazistas na Europa. Este conturbado momento histórico guia o enredo de “Rasgando o pano – Uma jovem decidida”, lançamento da paulista Waléria Leme. O romance entre Maria Isabel e Otávio remete o leitor às décadas de 1930 e 40, quando o Brasil vivia a ditadura no Estado Novo.

O ano é 1938 e, na capital paulista, a jovem rica e filha de um fazendeiro de café se apaixona por um estudante de direito, pobre, e neto de imigrantes italianos. Para viver este amor, os dois precisarão lutar contra os preconceitos e obstáculos impostos pelo pai de Isa, que não aprova a relação. Como se não bastasse, o jovem Otávio é enviado pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) para lutar contra os nazistas.

O livro também traz temas de importante discussão na vida real, como imposições sociais, empoderamento feminino, sexualidade e representatividade LGBTQIA+. A história de Enrico, irmão do protagonista, revela uma crítica à sociedade da época, que retrata as tentativas de “cura” aos homossexuais.

Sobre a autora: Waléria Leme é escritora e contadora. Nasceu em São Paulo capital, ano de 1964, início da Ditadura Militar. Formou-se em Ciências Contábeis pela Universidade São Judas Tadeu, e conquistou o cargo de contadora da Secretaria da Fazenda de São Paulo. Posteriormente foi auditora do Tribunal de Contas de São Paulo, onde se aposentou.

Ficha técnica:

“Rasgando o pano – Uma jovem decidida”

Waléria Leme

Editora SGDZ – 324 páginas

10 – Biografia de Janis Joplin celebra os feitos da meteórica carreira da artista

O peso na letra unida à rouquidão e a emoção na voz de Janis Joplin dão o tom da carreira da maior e mais influente cantora de rock da história. Mas, por trás da figura mítica da artista, há uma vida carregada de transgressões, quebras de paradigmas, frustrações amorosas e dissabores familiares. Escrita por Holly George-Warren, jornalista e uma das mais respeitadas cronistas da história da música norte-americana, “Janis Joplin: Sua Vida, Sua Música”, nos fazer rememorar sua trajetória, no momento em que se marca o cinquentenário de sua morte. A artista teria feito 80 anos no dia 19 de janeiro.

Para relatar a vida da cantora, a autora, que também é especialista em biografias de rock, recorreu a familiares da cantora, amigos, colegas de banda, pesquisou arquivos, diários, cartas e entrevistas há muito perdidas. Ela faz, sobretudo, um perfil minucioso detalhando os passos de Janis até a overdose acidental de heroína, que lhe ceifou a vida em 4 de outubro de 1970.

Este livro foi celebrado pela grande mídia nos estados Unidos – “The New York Times” e “The Washington Post”, entre outros – como a biografia que revela, de forma definitiva, a “verdadeira Janis Joplin”, além de ser elogiado no site oficial da cantora (janisjoplin.com).

Sobre a autora: Holly George-Warren foi indicada duas vezes ao Grammy e é autora premiada de 16 livros. Já escreveu para diversas publicações, incluindo “The New York Times”, “Rolling Stone” e “Entertainment Weekly”, tendo atuado também como consultora em documentários como “Muscle Shoals”, “Nashville 2.0” e “Hitmakers”. Holly faz parte da comissão de indicação do Rock & Roll Hall of Fame e leciona na Universidade Estadual de Nova York, em New Paltz.

Ficha técnica:

“Janis Joplin: Sua Vida, Sua Música”

Holly George-Warren

Editora Seoman – 432 páginas

Tagged: