Firminas para ler: publicações que fortalecem mulheres
Portal Firminas traz os recentes lançamentos de livros escritos por mulheres e que fortalecem mulheres, confira abaixo!
1 – Livro pioneiro retrata a história das mulheres na filosofia
Mulheres pensadoras, pesquisadoras, estudiosas, politizadas e revolucionárias sempre existiram, entretanto, é muito mais comum conhecer e citar homens que se destacaram na filosofia do que figuras femininas. Dar visibilidade às ideias e ações e fazer justiça às grandes intelectuais é o objetivo do livro “Filósofas: O Legado das Mulheres na História do Pensamento Mundial”, escrito pelas professoras Natasha Hennemann e Fabiana Lessa. Diotima de Mantinea, Ban Zhao, Angela Davis, Bell Hooks e as brasileiras Lélia González, Djamila Ribeiro, Sueli Carneiro e Marilena Chauí são algumas das 70 pensadoras mencionadas na obra que traz nomes contemporâneos e da Antiguidade da Europa, Ásia, África e América Latina. “Filósofas” ajuda a ampliar a voz dessas pensadoras que contribuíram para a história do pensamento geral, muito além das questões femininas, e garante o reconhecimento que suas ações merecem.
Sobre as autoras: Fabiana Lessa é de Duque de Caxias (RJ), graduada em Filosofia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e mestranda em Filosofia e Ensino pelo Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica), é professora na educação básica na região metropolitana do Rio de Janeiro. Natasha Hennemann é natural de São José dos Campos (SP), graduada pela Universidade de São Paulo e especialista em ensino de História, é professora de História e Filosofia e recomenda livros no canal Redemunhando no Youtube.
Ficha técnica:
“Filósofas: O Legado das Mulheres na História do Pensamento Mundial”
Fabiana Lessa e Natasha Hennemann
278 páginas
2 – Um olhar realista para o (não) ser mãe
A pesquisadora e publicitária Ana Luiza de Figueiredo Souza traça um olhar panorâmico sobre as práticas cotidianas integradas à cultura digital, que revelam a intensiva presença que a maternidade ocupa na vida de diferentes mulheres: mães ou não. Em seu livro “Ser mãe é f*d@!”, Ana Luiza descortina o complexo universo das vivências maternas nas mídias sociais, convoca as leitoras à autorreflexão e também levanta a bandeira pela desromantização da maternidade. Baseado em pesquisa vencedora do Prêmio Compós, o livro expõe os processos de concepção de modelos de maternagem predominantes ao longo da história do Brasil, contextualiza as atuais problemáticas relacionadas ao tema, bem como à não maternidade, e de que formas se manifestam nas narrativas e atitudes de mulheres conectadas em rede. A autora também explica termos como maternidade compulsória, childfree, baby blues, e discute sobre aborto, parentalidade, coletivismo e solidão materna.
Sobre a autora: Ana Luiza de Figueiredo Souza é mestre e doutoranda pelo PPGCOM (Programa de Pós-Graduação em Comunicação) da UFF (Universidade Federal Fluminense). Graduada em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Gestora de Produção de Conteúdo e Editoração do GP Tecnologias e Culturas Digitais da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Coordenadora da equipe de revisão da revista “Contracampo”. Integrante do grupo de pesquisa MiDICom. Consultora acadêmica e literária.
Ficha técnica:
“Ser mãe é f*d@! – Mulheres, (não) Maternidade e Mídias Sociais”
Ana Luiza de Figueiredo Souza
284 páginas
3 – A importância da comunicação aberta com os doentes de câncer
“Câncer Sem Papas na Língua”, da autora Mariângela Blois, foi escrito para que cadeados da comunicação entre pacientes e seus médicos ou profissionais envolvidos no tratamento sejam arrancados e as relações possam fluir. Porque quem não se comunica se trumbica. Ou seja, se prejudica, se dá mal. E, no tratamento do câncer, informações confusas sempre prejudicam.
Há relatos sem finais felizes. Por quê? Porque o livro não é um romance, não é ficção. Ele é real da primeira à última palavra, com base no trabalho de quem intermediou diversas conversas e foi ouvido atento de diversos pacientes. E a realidade da vida inclui a morte. Se a autora fala da importância da comunicação, não pode, então, omitir a morte – seria uma contradição imperdoável.
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Sobre a autora: Mariângela Blois é formada pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo e pós-graduada pela mesma instituição em Psicologia Clínica e tem 30 anos de experiência em atendimento de adolescentes e adultos. É membro da SBPO (Sociedade Brasileira de Psico Oncologia) e da International Psycho-Oncology Society. Possui experiência em cuidados paliativos, psico oncologia, psicodiagnóstico, psicologia hospitalar, psicoterapia breve e psicanálise.
Ficha técnica:
“Câncer Sem Papas na Língua”
Mariângela Blois
96 páginas
4 – Livro infantil inspira meninas a sonharem com o mundo da engenharia
Instigada por um trabalho escolar, a curiosa Carol passeia pelo mundo da engenharia – área predominantemente masculina – para responder uma indagação muito comum na infância: o que você quer ser quando crescer?
No livro “As Descobertas de Carol no Mundo da Engenharia”, a estudante é auxiliada pela própria mãe e outras mulheres engenheiras que, através de atividades criativas, cálculos e construções, aguçam sua imaginação e a levam por uma incrível jornada.
A obra é assinada pela engenheira eletricista Camila Maciel, escritora e criadora do projeto Elas de Botina – que destaca e apoia mulheres que trabalham em áreas ainda muito masculinas. Na obra, a autora evidencia o empoderamento feminino com o apoio das personagens, mostrando que as meninas podem, sim, sonhar com estas profissões. Afinal, o protagonismo feminino está em todos os lugares e deve ser cultivado desde a infância.
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Sobre a autora: Camila Maciel é engenheira eletricista com 11 anos de carreira no setor de transmissão de energia e construiu subestações de alta a ultra alta tensão de Norte a Sul do Brasil. Atualmente, é engenheira de estudos na maior empresa do mundo de transmissão de energia. Palestrante e escritora, é criadora do projeto Elas de Botina, que tem o propósito de ser ponte entre mulheres, através da história das profissionais que trabalham em setores com pouca presença feminina.
Ficha técnica:
“As Descobertas de Carol no Mundo da Engenharia”
Camila Maciel
76 páginas
5 – Cordel incentiva o protagonismo feminino entre evangélicas
Escritora, poetisa, cordelista, teóloga, educadora, ativista social e pastora metodista, Gilmara Michael encontrou uma maneira criativa de levar sua mensagem: a literatura de cordel na evangelização, também um instrumento para estimular o protagonismo feminino entre mulheres cristãs. Autora da coletânea “Mulheres da Bíblia em Literatura de Cordel”, Gilmara escreveu 16 textos sobre diferentes personalidades femininas presentes nas Escrituras. Para a cordelista, assim como as mulheres da atualidade, as vozes de figuras bíblicas como Sara, Rebeca, Rute, Ana e Isabel também precisam ecoar em total liberdade e respeito.
Uma de suas bandeiras como ativista social é o coletivo nacional EIG (Evangélicas pela Igualdade de Gênero), que tem como missão debater sobre empoderamento feminino no movimento evangélico.
Sobre a autora: Gilmara Michael Silva Souza Oliveira é escritora, compositora, poeta e cordelista. É formada em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), com especialização em Psicopedagogia e pastora da Igreja Metodista em Olinda (PE). Foi na união de religião e cultura popular que Gilmara, nascida em Muribeca (SE), mas radicada em Olinda (PE), encontrou espaço para tratar de questões sociais sensíveis como violência doméstica, sexismo e feminicídio.
Ficha técnica:
“Mulheres da Bíblia em Literatura de Cordel”
Gilmara Michael
128 páginas
6 – Brasil das Marias: o machismo no cotidiano das mulheres
Maria Dolores, Maria Madalena, Maria do Socorro, Maria Aparecida, Maria das Graças, Maria Bonita, Maria Batista, Maria José, Maria do Carmo, Maria Edvirges, Maria Norma e Maria Flor. Mulheres com o nome mais comum do Brasil ganham voz no livro de contos “Silêncio de Marias”, de Núbia Pimentel.
As histórias narradas pela escritora podem ser familiares para os brasileiros. Muitos já conheceram, ou pelo menos leram em uma matéria de jornal, casos de mulheres que sofreram violência doméstica. Também devem ter visto meninas que, com a vontade de se aventurar por um universo de brincadeiras considerado masculino, tiveram suas criatividades reprimidas. Escritora negra, Núbia Pimentel não se restringe à estrutura patriarcal do Brasil, mas também demonstra os problemas do racismo em seus textos. São casos de vida como estes, com desfechos trágicos, outros felizes, alguns sem um ponto final, que são expostos em “Silêncio de Marias”.
Sobre a autora: Núbia Pimentel nasceu em São Gonçalo (RJ), em 1978. Com graduação em Letras e pós-graduação em Literatura Brasileira pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), trabalha como professora de português para estrangeiros desde 2002. Também tem curso técnico pela Escola Técnica de Teatro Martins Pena e atua como atriz no circuito alternativo de artes cênicas.
Ficha técnica:
“Silêncio de Marias”
Núbia Pimentel
48 páginas
7 – Reflexão sobre compulsão alimentar e bastidores dos reality shows
Viver vigiada por câmeras 24 horas e ter cada traço físico analisado por milhões de espectadores não é o cenário ideal de rotina para quem sofre de uma compulsão alimentar. Essa, porém, foi a situação enfrentada pela atriz e empresária Leka Begliomini como participante da edição de estreia do Big Brother Brasil, em 2002. Famosa por expor a luta pessoal contra a bulimia no maior reality show do país, ela lança o livro “Loka, Eu? Minha História de Pesos, Limites e Big Compulsões”, como uma declaração contra os padrões de beleza inalcançáveis.
A obra, que faz refletir sobre o mundo das compulsões e o universo das celebridades, apresenta bastidores do reality show sob a ótica de quem enfrentou os piores medos enquanto era observada por uma audiência gigantesca. No relato de suas memórias, Leka descreve de forma visceral as percepções das provas e dinâmicas do programa que funcionaram como gatilhos para a compulsão que sofria.
Sobre a autora: Leka Begliomini nasceu em 1974 na cidade de São Paulo (SP). Cursou Administração de Empresas e Jornalismo. Foi no palco, porém, que ela realmente se encontrou. Empreendeu desde muito cedo, atuando em diversas áreas, e hoje é sócia-fundadora de uma empresa de produção cultural e de uma marca de roupas, a B.di Body. Ela ganhou fama nacional ao participar da primeira edição do Big Brother Brasil.
Ficha técnica:
“Loka, Eu? Minha História de Pesos, Limites e Big Compulsões”
Leka Begliomini
208 páginas
8 – O feminismo e a política, a economia e relações sociais na atualidade
Nesta época de crise, de colapso planetário e tiranos reacionários, estamos presenciando uma transformação muito produtiva: mudanças profundas e permanentes no modo como definimos gênero, sexo e consentimento, assim como seus aspectos políticos no mundo contemporâneo. É o que afirma a jornalista Laurie Penny, reconhecida por suas análises sobre feminismo e gênero, além de seu trabalho como ativista. Penny diz também que estamos num momento de desobediência criativa. Em seu novo livro, “A Nova Revolução Sexual”, ela analisa como o feminismo pode ser a chave para essa transformação urgente.
Fruto de uma pesquisa de mais de 13 anos e baseada na celebrada série de artigos da autora para o site “Longreads”, Penny analisa neste livro como essas mudanças, que já se encontram em andamento, afrontam as certezas sociais e econômicas que determinam o funcionamento da sociedade, ameaçam as estruturas de poder vigentes e debilitam a autoridade das instituições tradicionais, desde o mercado de trabalho assalariado até a constituição da família nuclear. A autora discorre, com um discurso radical, porém coerente e com profundidade, sobre democracia, gênero (a autora se declara não binária) e a importância de uma nova política sexual para todas pessoas, sejam elas não-brancas, pretas ou brancas.
Sobre a autora: Laurie Penny é escritora, jornalista e roteirista britânica. Escreve sobre cultura para a revista “Wired”, e seus artigos e ensaios apareceram em publicações como “The Guardian”, “The New Statesman”, “The New York Times”, “The Baffler”, “Longreads”, “Time” e muitas mais. Formou-se pelo programa Nieman Foundation Fellows, da Harvard University, e pelo Workshop de Escritores Clarion West.
Ficha técnica:
“A Nova Revolução Sexual”
Laurie Penny
360 páginas
9 – Livro autobiográfico fala sobre sensação de abandono e afetividade
A obra “Abandono e Afeto Andam de Mãos Dadas” é uma comovente história autobiográfica sobre a sensação de abandono e a afetividade, contada em formato de memórias por Rose Lira. Dividido em quatro partes com a finalidade de organizar uma linha do tempo vivida – A Menina, A Moça, A Mãe e A Mulher -, a autora intercala narrativas na terceira pessoa e na primeira pessoa e traz, além de tudo o mais, um respiro da alma, emergindo na leitura de cada capítulo uma expressão poética.
A autora conta que, com o tempo, entendeu que só há como existir a sensação de abandono onde uma vez houve afeto. Claro que, até chegar a essa conclusão, a vida aconteceu ao seu redor, e ela precisou se adaptar às situações conforme se lançava ao inconstante mundo. Este é um livro de sentimentos, sensações, de memórias e lembranças, e a verdade nele inserida é totalmente circunstancial.
Sobre a autora: Rose Lira é formada em Fisioterapia e pós-graduanda em Educação Biocêntrica. Fundou a Central de Escritores, onde exerce consultoria de escrita para escritores em todo o Brasil. É facilitadora de Oficinas de Escrita Terapêutica, Escrita Criativa e Apreciação da Leitura; palestrante; leciona cursos para formação de consultores e facilitadores de escrita; sistematiza projetos e pesquisas, programas e experiências socioeducativas e organizacionais; e escreve livros técnicos, literários e biográficos.
Ficha técnica:
“Abandono e Afeto Andam de Mãos Dadas”
Rose Lira
Editora Literare Books International
200 páginas
10 – Empresária lança livro para empoderar as mulheres
Sucesso absoluto nos Estados Unidos e exibida em mais de 190 país, a série “Sunset: Milha de Ouro”, da Netflixt, trouxe ainda mais para os holofotes a vida de Christine Quinn, uma bem-sucedida corretora de imóveis de Los Angeles. Disposta a dividir com as mulheres os valores que a levaram ao estrelato, a empresária escreveu “Boss Bitch: Pare de Se Desculpar Por Quem Você É… E Seja Dona da P*Rra Toda”, um guia para mulheres que desejam alcançar o sucesso em todas as áreas da vida.
No livro, Christine Quinn mostra como assumir, sem remorso ou culpa, todo seu potencial. Seja na vida pessoal ou profissional, o importante, segundo ela, é ser o que ela denomina de “Boss Bitch”: uma mulher forte, poderosa e assertiva com estilo próprio e sem medo de ser autêntica. Por meio de exemplos pessoais, a empresária elenca uma série de lições para que as mulheres possam se tornar empoderadas e assumam o controle de suas vidas.
Sobre a autora: Christine Quinn é a estrela principal da popular série “Sunset: Milha de Ouro”, da Netflix, sucesso absoluto nos Estados Unidos, e que já estreou em mais de 190 países, tendo confirmadas a 6ª e a 7ª temporadas. É corretora de uma imobiliária de elite que vende propriedades de luxo a clientes abastados na região de Los Angeles, onde mora com o marido e o filho.
Ficha técnica:
“Boss Bitch: Pare de Se Desculpar Por Quem Você É… E Seja Dona da P*Rra Toda”
Christine Quinn
288 páginas